domingo, 26 de maio de 2019

Equilíbrio






Dois significados que são importantes salientar antes de iniciar o texto principal.

Daat – דַּעַת  (Conhecimento de Deus. Não o que pensamos saber sobre Ele, mas o conhecimento que vem da parte Dele)
Dat – דָּת  (Religião) – O conceito bíblico da palavra religião no hebraico é: Letra Dalet = Porta + letra Tav = Sinal, símbolo, pacto, marca. Que juntando as duas letras temos o significado de: símbolo na porta. Referência para o começo desse conceito está em Êxodo 12:7. (O religioso é aquele que carrega um símbolo/marca/pacto. O judeu carrega esse pacto com o seu Criador dentro de si)

E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. Êxodo 12:7 ACF

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Ao longo dos anos tenho observado uma chave importantíssima ser corroída. O nome dessa chave é equilíbrio. Gradativamente as pessoas tem elevado o seu ego e alimentado as suas intenções (coração) com a altivez e o orgulho. Com os lábios externam palavras com aspecto de sabedoria, todavia dentro de si alimentam o orgulho de acharem que as suas ‘’religiões’’ (e o conhecimento que envove-as) são mais elevadas que as demais, e que eles são detentores da verdade. A verdade absoluta não é um conceito, ela É (Isso mesmo, você não leu errado, muito menos o autor esqueceu de complementar. A verdade absoluta É). Nós ocidentais ainda estamos muito presos a matéria em si, ao aspecto, estereótipo, a casca que recobre o núcleo e, cada vez mais as mídias e os veículos de comunicação corroboram para esse tipo de prisão. Vivemos de superficialidades, isso também inclui as nossas crenças e visões sobre Deus. Temos lapsos e fagulhas do Todo, e achamos que já obtivemos a plenitude do conhecimento de Deus (Daat Elohim – אֱלֹהִים דַּעַת    Oséias 6:6). Em decorrência a isso, entra orgulho que nos motiva a considerarmos autorizados a julgar estereótipos, ou seja, é a superficialidade com um aspecto de sabedoria julgando o que os olhos almaticos dos mesmos enxergam nas pessoas e nas suas crenças, valores e abordagens sobre a Divindade. Os que tem agridem com palavras os que não tem. Os que acham quem tem se ensoberbecem diante dos que eles acham que não tem. O que tem muito, não compartilha, não ajuda, mas critica. O que acha que tem muito não aceita críticas, ou quaisquer palavras que ele considere contraria a sua filosofia que venha daqueles que ele julga ter menos.

Ainda continuamos como a maioria dos Perushim פרושים  (fariseus) contemporâneo de Jesus. Somos hipócritas, não buscamos elevação do espírito e da alma, mas sim autoafirmação, não refletimos sobre isso, e também procuramos adoração para nós mesmos, honra, glória etc. Temos 20 anos de contato com a religião, conhecemos aspectos cerimoniais, orações, versos, mas não conhecemos quem somos e muito menos quem é o nosso pai, o Eterno, o Pai das luzes. Conhecemos de ouvir falar pela boca de outros, repetimos como papagaio a interpretação de terceiros, porém continuamos a não o conhecer de maneira intima.

O conhecimento é uma das coisas mais valiosas que o ser humano pode obter. É através dele que somos norteados e nos movimentamos. O conhecimento é um caminho ao qual o homem recebe para caminhar (bases). Se esse caminho não estiver atrelado a Deus, ele se rompe e perece, pelo fato de ser pautado em fundações superficiais. O povo é destruído por falta de Daat (Oseias 4:6). Entre os judeus místicos a Daat é conhecida como a sensibilidade espiritual que o ser humano pode ter, e os que não tem podem desenvolver. Esse conhecimento é adquirido através do espírito do homem pela iluminação do Espírito de Deus em nós (Ruach Ha Kodesh). Precisamos do conhecimento que venha direto Dele, necessitamos escutar Ele, os seus mandamentos e suas instruções. (Isso nos dá livre acesso entre os מלאכים   malachim-anjos).

Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos, e se observares a minha ordenança, também tu julgarás a minha casa, e também guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre os que estão aqui. Zacarias 3:7 ACF

Todavia a maioria das pessoas ainda não obtiveram elevação, elas vivem abaixo do nível do conhecimento de Deus (Daat), elas ainda estão presas no nível Dat (religião). A palavra דָּת   Dat, tem o valor numérico de 404. Que é o mesmo valor da palavra בקבקר   bakbakar, que pode significar vazio (algo interessante também, é que o número 404 representa na linguagem http um erro de comunicação entre o cliente e o servidor). Já a palavra דַּעַת   Daat, tem o valor numérico de 474. Mesmo valor da palavra חכמות   sabedoria, variação do nome da 2ª Sefirah חכמה   chochmá - Sabedoria. A letra ע  Ayin, que se encontra no meio da palavra דַּעַת    Daat, no hebraico significa olho. Os grandes sabios judeus dizem que a visão é o sentido mais elevado do ser humano, não é por acaso que o olho está acima das outras partes do corpo responsavel pelos demais sentidos. Quando a visão espiritual não se abre no meio de דָּת  Dat (religião), continuaremos apenas no natural, mecânico e ritualístico. Do contrário, quando os olhos são abertos, nos é apresentado o conhecimento de Deus (Daat), e enxergamos as coisas de acordo com o prisma Dele, conforme o olhar Dele. O ד  (dalet) ת  (tav) sem o ע  (ayin), é o mesmo que um pacto e um portal sem uma visão/norte/direção/caminho. O machiach (Messias) é o que faz essa conexão. Existe uma visão adormecida entre o Tav e o Dalet, entre um pacto e uma porta. Precisamos ativar o Machiach em nós. O pacto representa o homem que foi selado pelo seu Criador, e o portal representa a abertura dimensional do céus a esse homem. Esse olhar (Ayin), é o que unifica os dois, que trás sentido e significado. O que realmente faz uma comunicação com Deus ser agradavel a ponto de obter retorno da parte Dele, é a Kavana (intenção/amor). Sem ela a religião (e os seus aspectos), não causa nenhum efeito espiritual positivo e elevatório, é apenas um fruto podre por dentro, uma casca vazia.

O conhecimento (Daat) expulsa espíritos malignos. A falta dele entrelaça o homem aos mesmos.
Nossa natureza é perversa desde a meninice.

E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice... (Gênesis 8:21 ACF) 



Sem o Conhecimento de Deus nós somos seres desequilibrados. E sem equilíbrio nos tornamos ignorantes a manifestação da presença de Deus, por isso julgamos e apontamos o dedo achando que conhecemos alguma coisa, pois a falta do conhecimento Dele e Nele, eleva em altivez o homem e, o primeiro sinal a isso é o julgamento, quer seja externado ou interiorizado. Primeiro passo para elevação é: Procure se livrar do julgamento (Veja bem, falo sobre o julgamento antecipado, o julgamento através da alma desequilibrada com o Criador).

O equilíbrio não é algo inerte, todavia é o movimento em equilíbrio, sem extremos. Não tem muito a ver com o extremo de uma atitude, mas em viver uma vida de extremismos. É uma atitude consciente (madura), extremamente pensada. É necessário saber o quanto pesar para a direita e para a esquerda, pois se colocarmos um pesar para um dos dois lados em excessos, logo teremos algo desarmônico, caracterizando o desequilíbrio. Ou seja; é dois pesos e duas medidas.

Dois pesos e duas medidas; pesos adulterados e medidas falsificadas são desonestidades abomináveis ao SENHOR. (Provérbios 20:10)

Quando existe dois pesos e duas medidas, o peso fica adulterado, desalinhado, desequilibrado. Quando não ponderamos as nossas atitudes e quando vivemos a nossa vida fora da vontade de Deus, nos tornamos adúlteros. 
O equilíbrio é um denominador comum entre justiça e misericórdia. O equilíbrio também está ligado a restrição do ego, da vontade exacerbada da alma, ao qual eu digo sim para tudo que tenho vontade, e também do erro de um modo geral. Um tsadik (justo) erra como qualquer outro, porém ele reconhece seu erro e procura retornar rapidamente ao caminho espiritual da verdade. A palavra fluidez reflete bem o significado de equilíbrio. É como a água que flui, entretanto por mais que ela não tenha uma forma comum propriamente dita, ela assume formas as vezes dependendo do ambiente em que esteja. Ela não perde sua essência e característica, todavia pode estar vestida em corpos. A torah (5 primeiros livros da Bíblia) nos revela 613 mandamentos. 248 são prescrição, isso é, deveres, mandamentos positivos, ao qual pelos sábios é dito que estão relacionados ao número de ossos ou órgãos importantes no corpo humano,[1] isto é, como se cada membro dissesse à pessoa: "Cumpra um preceito comigo". 365 mandamentos são abstenções, isso é, proibições, mandamentos negativos, na qual corresponde ao número de dias no ano solar. É como se cada dia dissesse à pessoa "Não cometa uma transgressão hoje".[2] Existem mais preceitos negativos do que positivos, pois isso alude que o nosso ponto de equilíbrio será mais de negação do que uma tomada de atitude referente aos nossos deveres. Isso é; todos os dias precisamos nos auto examinarmos, pois todos os dias o pecado se apresentará em nosso caminho.  

Antes do ser humano atingir o equilíbrio (elemento que compõe a maturidade espiritual), a sua tendência é bater nos extremos. Exemplo: Um colaborador de uma empresa qualquer fala muito, e o seu superior ao conversar em particular com o mesmo pede para que ele fale menos; O que ele e a maioria dos seres humanos fazem nessa situação? Simplesmente não passam a falar moderadamente, todavia param de falar, se restringindo a falarem apenas o básico. Assim agem a maioria das pessoas, precisam bater nos extremos até achar o ponto de equilíbrio. Discernimento espiritual é essencial na busca do equilíbrio, pois ele funcionara como uma bússola para revelar o momento de exercer misericórdia (Chesed) ou rigor (Guevurah), ação (Netzah) ou ponderação (Hod). A maioria comumente são incisivos na expurgação do pedaço da verdade que estas o encontraram, e a medida que descobrem algo, por mais que venha a ser contraditório ao que ela mesma pensava anteriormente, a tendência é continuar sem equilíbrio, mantendo uma posição de defesa contundente da sua fração da verdade. Não somos detentores da verdade, conhecemos frações dela, e cada um tem uma fração do Todo.


Porquanto em parte conhecemos e em parte profetizamos; (1Corintios 13:9)

Deus é UM, e tudo fora da unicidade é dualidade, o julgamento cria dualidade. O que sair da Unicidade é adultério e idolatria, revelando assim a nossa natureza caída que precisa fazer teshuvá (retorno) a fonte matricial, que é o Eterno. A dualidade dentro do Eterno já não é mais dualidade, é ver o que Ele vê, é pensar e agir como Ele faria, logo estará sendo UM com o Criador. A questão da dualidade em si, se dá quando estamos em uma evolução espiritual (posso fazer isso? Posso fazer aquilo outro? Posso tocar nisso? O que não devo eu tocar? Dentre outros), como qualquer aluno, todavia quando essa maturidade espiritual desejável chega, o que outros de fora poderão julgar como dualidade já não é mais, pois estaremos dentro da vontade de Deus, imagem e semelhança, retornando ao projeto inicial, Criador e criatura em perfeita harmonia.


Faça um exercício, constantemente e diariamente, controle os seus pensamentos para não julgar, mesmo que você acabe julgando no começo, reprograme esses pensamentos que vier e dê comandos para o seu cérebro pensar de maneira indiferente ao julgamento. Para aumentar o volume dos músculos é necessário muito treino, bastante esforço, até chegar em um ponto em que se torna prazeroso e, já não é mais tão difícil quanto no começo da caminhada, assim é as coisas espirituais, precisamos nos esforçar, até que as mesmas se unifiquem a nós, a ponto delas se tornarem uma conosco, de maneira natural. Grande abraço a todos


Francesco Jansen
Instagram: francesco.jansen





[1]   Talmud Babilônico, Tratado Makot 23b-24a. Como afirmado na Jewish Virtual Library: "Há um completo entendimento que essas 613 mitzvot podem ser quebradas em 248 mitzvot positivas (uma para cada osso e órgão do corpo masculino) e 365 mitzvot negativas (para cada dia do ano solar)".


[2] Os 613 Preceitos da Torah. Disponível em: <http://www.chabad.org.br/mitsvot/index.html.> Acesso em: 30, Set, 2019.




sábado, 18 de maio de 2019

Série Fundamentos – Parte 3 (Códigos de Santidade)



Parte 3 – Hupotasso – Submissão – 19/05/2019

Conceito pelo qual é mal compreendido pela maioria da população Ocidental. Deve-se ao fato em que desde os primórdios da civilização Ocidental o homem faz uso do poder de forma autoritária e opressora, e vem sendo replicado esse fato como sinônimo do conceito de submissão. Ao abrirmos um dicionário qualquer da língua portuguesa veremos a expressão do significado bem deteriorado tal como demonizado. Com o passar dos anos e com a ideologia do empoderamento feminino de maneira agressiva e impositiva, a visão da real submissão se torna cada dia mais sufocada e remota. A ideia básica humana caída, remete ao fato dos valores pessoais inferiores, todavia a essência real da submissão não é disso que se trata, mas de funções distintas (Que nada tem a ver com funções trabalhistas). As ferramentas foram criadas segundo as necessidades, a ideia de que uma ferramenta é melhor do que outra, sobrevive nas mentes da quais não entenderam o objetivo final do todo.

Estamos em uma era em que a ideologia do feminismo avança em largas proporções, aonde certos pontos há uma luta por direitos plausíveis e que devem ser buscados e respeitados, todavia as questões sociais humanas são diferentes de um princípio espiritual no que diz respeito a submissão. Também vivemos em um momento no que se refere a sociedade está amplamente ferida ao ponto de que em quase todos os assuntos que são colocados em pautas, as pessoas tendem a expurgarem suas feridas e tamparem seus ouvidos, ao invés de honestamente buscarem o real sentido, ou seja, fazerem para si mesmas perguntas autenticas. Tudo não passa de uma guerra em busca da autodefesa de ideias, filosofias, prejulgamentos etc. É difícil falar de algumas questões e lutas sociais que são bem vivas na atualidade, sem passar antes pelo filtro pessoal de opiniões construídas por terceiros. As pessoas se tornaram cada dia mais intolerantes, e indispostas a pensarem em alguma ideia diferente das que elas possuem. São relacionamentos mentirosos e superficiais. Então para que possamos prosseguir daqui para frente, esvazie o seu copo, e permita receber uma nova informação, de maneira totalmente limpa, livrando-se de qualquer construção popular que venha interferir na absorção daquilo que iremos abordar.

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Iniciaremos com a etimologia da palavra submissão. Vem do grego hupotasso Ὑποτάσσω que segundo muitos dicionários bíblicos quer dizer: ‘reconhecer a liderança de’’. O significado completo é: "obedecer, colocar sob, sujeitar-se, estar sujeito a, submeter-se, colocar-se sob sujeição, estar sob obediência ou obedecer".

Submissão é, Sub + missão, literalmente é: estar sob missão de. Em outras palavras podemos dizer também: contemplar a liderança de. De igual modo na língua inglesa ‘’submission’’. Em nada tem a ver com a obediência inquestionável (diferente da questionadora), ou a obediência cega, aquela que faz sem emitir opinião. A submissão hoje em dia ganhou um significado esdrúxulo e repugnante pela sociedade. Submissão nos tempos atuais tem ganhado cada vez mais o sinônimo de opressão, o que em suma não corresponde a verdadeira essência. Essa palavra também começou a ser utilizada na área militar, com o significado de ‘’ organizar divisões de tropas de forma militar sob o comando de um líder’’. E também no serviço militar a palavra começou a ser desgastada por causa dos líderes carrascos, opressores, e sufocadores que nunca entenderam o real significado da submissão e, a traduziam para seus subordinados para uma obediência cega. Assim como no exército por exemplo, pode ter um falso líder como no exemplo acima, pode ter um real líder que respeita seus subordinados, valoriza as faculdades dos mesmos e que procura sempre motiva-los a trabalharem em equipe. Qualquer um sentirá prazer em ser liderado por alguém assim. 

Essa é uma das diferenças básicas da submissão real para a ‘’pseudo submissão’’ que não passa de uma opressão. Na submissão você sente prazer em servir, na opressão você faz por obrigação. Só é submisso alguém que teve o pleno entendimento da missão. Se mover pela missão que foi imputada a outro para liderar, é totalmente diferente de alguém que vive para fazer as vontades pessoais do líder.
Estar sob a missão de alguém não é sinônimo de inferioridade, todavia são apenas funções distintas. Quem ainda pensa assim é porque não entendeu a missão. Em uma operação militar em que os soldados têm um comandante opressor, ninguém morre pelo líder, e sim pela missão, pois plenamente entenderam qual é a sua missão, a missão está acima de tudo e de todos. Entretanto as ferramentas líderes e as ferramentas liderados sempre existiram e sempre precisarão existir. Nenhuma equipe funciona sem o que direciona e executa, e também o que executa e auxilia, ajuda, coopera. Moisés foi alguém submisso a Deus, entretanto em muitos momentos ele questionou as decisões que Deus iria tomar, e Deus acatou as opiniões dele. Esse é um exemplo de uma verdadeira submissão. Um lidera, e nem por isso tampa os ouvidos para pesar a opinião dos cooperadores, mesmo que a tomada da decisão final seja sempre do líder, porém é uma equipe.

Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, E depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, suplicou ao Senhor seu Deus e disse: Ó Senhor, por que se acende o teu furor contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira, e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, os teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado, e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas dos céus, e darei à vossa descendência toda esta terra, de que tenho falado, para que a possuam por herança eternamente. Então o Senhor arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo. Êxodo 32:7-14 ACF

Um dos sinônimos da palavra submissão também é ‘’disposição para obedecer’’. Veja que a frase tem conotação de forma voluntariosa. É uma obediência voluntariosa em reconhecimento de.
A opressão é uma visão caída, distorcida e falsa da submissão, pois a mesma coloca o colaborador do propósito em uma situação de humilhação. Quando alguém é submisso a Deus por exemplo, não significa que ele é humilhado e oprimido pelo Eterno. Podemos entender as forças armadas estadunidenses como um verdadeiro significado de estar sob a missão de. Pois as pessoas se alistam ao serviço militar de forma voluntaria. Não que do contrário não seja, todavia quem busca o serviço militar de forma voluntária já entra com uma pré-disposição maior em se submeter a missão. Um coração contrito e quebrantado (submisso) a Ele, Deus não rejeita. A submissão é sempre voluntaria, afinal sem kavaná, de nada se tem proveito, todavia a opressão faz surgir a obrigatoriedade.
·     Kavaná: Palavra que vem do judaísmo, ao qual em sua tradução livre significa ‘’intenção’’, ou mentalidade quando se executa ‘’deveres’’ religiosos, em especial a oração. Em outras palavras podemos dizer que sem kavaná é algo da boca para fora, apenas estético, com kavaná, é feito com o coração, com a alma, com plenitude, com amor. Embora não tenha essa palavra na Torah, é possível entender o princípio dela em uma passagem de Isaías.

Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído; Isaías 29:13 ACF

O Senhor diz:  "Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens. Isaías 29:13 NVI

Foi o mesmo que Shaliah Shaul (mais conhecido como apóstolo Paulo) disse na carta aos Coríntios.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 1 Coríntios 13:1-3 ACF
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. 1 Coríntios 13:1-3 NVI

Quando os profetas diziam a frase ‘’eis-me aqui’’, era uma frase que remetia a total rendição a submissão a vontade (missão) de Deus caso fosse Ele quem estivesse falando, ou a uma outra pessoa caso fosse ela o sujeito.

Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós?"E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me! Isaias 6:8

O Senhor chamou a Samuel, e disse ele: Eis-me aqui. E correu a Eli, e disse: Eis-me aqui 1 Samuel 3:4,5 ACF

Submissão conjugal

A primeira vez que a ideia de submissão na Torah é colocada em pauta, não é como uma função natural da mulher, todavia é uma maldição imputada a ela.

E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará (מָשַׁל Mashal). Gênesis 3:16 ARCA
Mashal: governar, reinar, dominar; falar metaforicamente; comparar

Anteriormente a isso não existia a ideia de submissão. Nem por isso Adão já não era o líder do jardim. As ordens de administração do que Deus havia feito foi-lhe imputada. Quando Eva surgiu, Deus não passou as instruções para ela, todavia quem ficou encarregado de instrui-la sobre as regras e sobre não comer do fruto proibido foi justamente o administrador do jardim. Toda mulher sem exceção, já nasce com uma pré-disposição a ser insubmissa, isso porque não é algo fácil, pois é um fardo, que a mesma precisa carregar (porém devido a santificação da mesma esse fardo se torna leve, tão leve que em um determinado momento passa a ser atrelada ao seu corpo e alma, que a mesma já não consegue mais olhar para a submissão como algo fora da extensão de si mesma). Quando a plenitude de entendimento chegar, as escamas que encobrem os olhos para verem as coisas como realmente Deus enxerga cairá, e elas entenderão que servir/cooperar é sinônimo espiritual de elevação do espírito do homem.
A humildade e submissão eleva o espírito. O orgulho e insubmissão prepara um terreno fértil para a autodestruição.
Na gestão de pessoas é bem comum encontrarmos a diferença de chefe para líder.

Chefe
Líder
Manda
Instrui
É autoritário
É companheiro
Tem subordinados
Tem uma equipe/time
Fiscaliza
Confia
Desmoraliza
Assume responsabilidades
Inspira medo
Ganha respeito
Foca no processo
Foca nas pessoas
Foco no Lucro
Foco no crescimento
Diz: Eu
Diz: Nós


O papel do líder em questão, podemos fazer um paralelo com a essência da submissão, já no que diz respeito ao chefe, reflete o que a maioria das pessoas entende por submissão.
Quando Paulo diz: ‘’em tudo’’ (Efésios 5:24) significa ser cooperadora da missão de maneira plena, em todas as áreas. Não só espiritual, porém ‘’natural’’. Eu sei que é difícil, afinal veio da consequência do pecado (o fardo, e não a submissão, afinal está sempre existiu), assim como correr atrás do pão (para o homem) não é simples, todavia por necessidade e sobrevivência, com o passar do tempo isso tende a se tornar prazeroso, ao ponto de livremente a pessoa já começar a correr atrás de forma voluntária e com kavaná, comparação ao qual serve para ambos os casos, tanto para o sustento (dinheiro, bens, dentre outros), quanto para a submissão.
Com exceção da Torah (que foi ditada diretamente por Deus a Moisés), o restante dos livros sagrados que compõem o que popularmente é chamado de bíblia, foram inspirados por Deus, nos mínimos detalhes.
Paulo faz a comparação do homem ser o cabeça da mulher (Efésios 5:22-24). A palavra cabeça no hebraico é Rosh ראש, que também em outra palavra significa líder. O homem é o cabeça e a mulher o pescoço. Uma mulher em plena unidade com o Criador é capaz de direcionar a cabeça (homem/líder) para o alvo (missão), do contrário uma mulher desligada por um só segundo de Deus, pode levar o marido a destruição. Na Bíblia vemos dois exemplos assim de mulheres que se distanciaram da cooperação com o propósito e conduziram seus maridos a falência, Eva e Jezabel.

 1/2 Meu filho, presta atenção à sabedoria que aqui te apresento: ouve as minhas explicações, para seres prudente e para que a tua linguagem guarde o conhecimento.3/6 Os lábios de uma mulher de má vida podem parecer que escorrem mel. As suas falsas lisonjas são untuosas e macias. Mas no fim de contas, deixam um sabor amargo, uma ferida feita como que por uma aguda espada de dois gumes. Os seus comportamentos conduzem à morte. A sua conduta é inspirada pelo inferno. Não conhece o caminho da vida. Cambaleia por um caminho tortuoso, e nem se importa de saber onde é que ele leva.Portanto, agora, meus filhos, dêem-me ouvidos, e nunca se desviem das palavras que vos estou a dizer: 8/11 Afastem-se dessas mulheres. Não se aproximem sequer da porta onde elas moram, para que não percam a dignidade, fazendo depender a vossa vida de gente cruel; para que gente que vos é estranha não venha a tirar-vos força e se tornem escravos deles. A consequência disso não poderá deixar de ser o gemerem em angústias, enquanto o vosso corpo vai apodrecendo pelo vício. No fim, só terão isto a dizer: 12/13 “Oh, se ao menos eu tivesse prestado atenção aos avisos que me deram! Se não tivesse desprezado as repreensões! Porque é que não quis ouvir os que queriam ensinar-me? Porque é que fui assim tão estúpido? 14 Pouco faltou para que a minha desgraça fosse completa. E agora até o desprezo público tenho de enfrentar.” Provérbios 5:1-7 OL

Pois o preço de uma prostituta é um pedaço de pão, quando comparado ao objetivo da adúltera, que vive rondando à caça de vidas preciosas! Provérbios 6:26 KJA

Os dois precisam estar em equilíbrio de elevação junto ao Eterno. Uma só carne, uma só mentalidade (em relação a missão), cada um fazendo a sua parte, um ajudando o outro, e a mulher cooperando com a missão do seu líder. Os maridos precisam amar as suas esposas, dar a vida por elas (Efésios 5:25). Enquanto marido e mulher não amarem um ao outro, mais do que seus pais e seus filhos, é sinônimo de que eles ainda não penetraram no mistério, não compreenderam a missão.

Francesco Jansen
Instagram: francesco.jansen

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Série Fundamentos – Parte 2 (Códigos de Santidade)

Parte 2 – Tatuagem – 13/05/2019


O texto abaixo não tem por objetivo o julgamento pessoal de alguém em especifico, pelo contrário, a ideologia de pensamento é aplicada de uma maneira interpessoal. Até porque uma das primeiras bases para a elevação espiritual é se livrar do julgamento, pois o julgamento é dual, logo estará fora da UNICIDADE. Então a primeira coisa a se fazer é retirar o véu que nossas almas colocam para proteger o nosso ego (vontades, pré-julgamentos, pré-conceitos, doutrinas, filosofias, dogmas, cultura etc.)

Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Tiago 1:19 ACF

Não abordarei as raízes da mesma, afinal a internet já tem material vasto a esse respeito, porém discorrerei sobre as questões naturais e espirituais da mesma.

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É natural vermos pelo mundo da internet uma vasta quantidade de informações e uma grande diversidade de opiniões a respeito do tema. Em suma os que se tatuam logo construirão uma base de pensamento em defesa da mesma, do contrário a maioria dos que não possuem marcas em seus corpos também defenderá a ideia de se abster das marcações corpóreas. Todavia analisaremos a parte natural da visão e a questão espiritual, que majoritariamente é deixada de lado, outras vezes ignorada e em outras taxadas como uma visão obsoleta e desvalidada pela construção moderna e adaptativa deste princípio.

Primeiro vamos aos aspectos NATURAIS. Em um determinado momento estava refletindo e de igual modo absorvendo uma resposta/argumentação ao qual achei fantástica. O palestrante em si era um pastor cristão (Anderson Silva). Ele possui diversas tatuagens, e dizia que naquele certo ponto da vida dele, tinha parado com esse costume, não pelo ato em si ser um erro (religiosamente chamado de pecado), mas porque atualmente ele tinha se tornado livre. O argumento basicamente está ligado a intenção por detrás do ato em si, não ao que você acha que é, mas aquilo que realmente é, ou seja, algo que pode na maioria das vezes estar oculto, presente no subconsciente ou no inconsciente. Para exemplificar digamos que uma determinada pessoa tatue uma homenagem de amor a algo ou a alguém. Todavia com o passar dos anos essa pessoa descobre que sua tatuagem não revela o amor a quem ela achou que era o destino, e descobre que o real sentido era para suprir o amor do pai que não a teve. Semelhantemente muitos que tiveram buracos emocionais com os pais tendem a fazer com os filhos aquilo que seus pais não lhe ofereceram ou lhe deram (ai dependendo da situação pode estar um grande erro). A grande lição disso tudo é que não nos conhecemos, mentimos para nós mesmos, tentamos maquiar feridas de alma e distorções de caráter, ao invés de reconhecermos nossas falhas e debilidades, e procurarmos trabalhar em cima delas ao invés de passar por cima colocando outras ferramentas em seu lugar.

Continuando a decorrer sobre a visão natural. O ato de se tatuar é para pessoas equilibradas, sadias, bem resolvidas, com suas almas curadas (ninguém é 100% sarado almaticamente falando, porém me refiro a uma cura que a alma esteja em paz com o seu Criador), maduras espiritualmente e também naturalmente. A maturidade natural o faz ter a plena certeza de possíveis consequências, seja tratando do local em si da tatuagem, tal como a carreira profissional, o meio ao qual a pessoa está inserida, dentre outros. Muitos jovens hoje em dia se tatuam, grande parte por influência, não precisa ser diretamente, basta o mesmo manter contato com pessoas que este o admira, bandas musicais, artistas etc. Normalmente a influência vai para o subconsciente, que desperta a vontade de se tatuar. Boa parte dos jovens são levados a se tatuarem para serem aceitos e bem vistos em um determinado grupo. Precisam visualmente se parecer com um determinado grupo para serem aceitos e compartilharem suas ideias. Dificilmente alguém se tatua para si mesmo, para uma autocorreção estética por exemplo. A maioria se tatua, pois sabe que em um momento alguém olhará para aquela tatuagem, mesmo que está esteja em um lugar onde a vestimenta precisa ser levantada. A tatuagem não tem o propósito de elevar o seu espírito nem muito menos trazer uma correção para sua alma, pelo contrário, tudo tem o envolvimento do ego. Até mesmo quando é feito para uma outra pessoa, é complicado retirar o seu ego nesse ato em si. Pois até na sua atitude de honrar alguém, o seu objetivo é que esse alguém um dia saiba da existência da homenagem em seu corpo. E mesmo que essa pessoa já tenha falecido, volto a dizer, é muito difícil se livrar do ego. Então falando de uma maneira superficial, sem estatísticas concretas, apenas uma percepção natural das coisas, podemos dizer que 99,9% das pessoas erram ao se tatuarem, não pelo ato em si, mas pelo que está por detrás do ato (intenção). Todavia a tatuagem não torna alguém mais santo ou menos santo que alguém que não tenha. Portanto o objetivo BÁSICO para elevação espiritual é abolir o julgamento aparente (seja da estética em si ou daquilo que você considera que a pessoas é).

"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça." João 7:24

Agora vamos começar a falar sobre coisas espirituais profundas. A partir desse momento somente os de espírito desprendidos, sem pacto com a matrix e com o sistema normativo manipulador conseguem penetrar o mistério.

Provérbios 25:2 diz: "A glória de Deus está nas coisas encobertas; mas a honra dos reis, está em descobri-las."

As leis do Criador são eternas, porém elas sofrem adaptações devido ao tempo, espaço, cultura, país, língua, sexo etc. Por exemplo: O Abba sempre sempre apresenta decretos (Chukim) aos seus seguidores para não imitarem em hipótese alguma um costume pagão (independente da disposição do coração de cada um). Um desses atos era o de não raspar a barba, pois era um costume pagão está sempre com o rosto barbeado, enquanto os homens que seguiam a Deus cultivavam longas barbas em sinal de submissão a Ele. Entretanto nos dias de hoje e principalmente no mundo ocidental, raspar a barba ou deixa-la crescer nada tem a ver com algum costume pagão em si ou com algum ato de temor e submissão a Deus (há exceções, porém como um voto pessoal). Ou seja, ainda no mundo do oriente médio, muçulmanos e judeus, existe essa realidade, o que no mundo Ocidental é inexistente, pois aqui subsiste muito mais a questão de higiene ou de vaidade do que do que fatores espirituais. Atualmente, assim como nos primórdios, a maioria dos que tem o costume de se tatuarem, continuam sendo os pagãos/ímpios. Ou seja, não é, e nunca foi um costume dos justos/santos do Pai. Pelo contrário eu não lembro de nenhum fato bíblico em que mostre um justo se tatuando. (Aquilo que está escrito na coxa do cavaleiro são outros 500, não precisaremos nem tocar nesse assunto para você entender o que está sendo levantado aqui)

A tatuagem tem em sua raiz o código pagão (uma criptografia pagã). Existe uma energia espiritual e física que acompanha os pagãos. Por mais que alguém faça uma tatuagem sem a intenção pagã em si, aquela energia que está sob os pagãos (no hebraico טומאה Tumah) vem sobre a pessoa que o faz. Você automaticamente atrai essa energia, mesmo que a pessoa não tenha essa consciência. Você pode questionar pensando que uma pessoa precisa conhecer uma lei em especifico para que venha um julgamento sobre ela. Eu lhe digo: Não necessariamente. Uma pessoa pode não ter ciência especifica de uma infração em si, que ela ao cometer, mesmo que não saiba, está sujeita a cumprir a pena na cadeia. Todavia mesmo que a consequência seja desconhecida, o erro propriamente dito, de alguma forma, chegará a conhecimento da mesma, seja uma dúvida, uma ignorância de seus próprios sentimentos, ou até mesmo cometendo o erro e tendo a oportunidade de rever seus conceitos. Que a pessoa terá consciência do erro é uma outra questão, porém a informação chegará.

Fundamento básico: Para ser concretizado um sacrifício ou pacto, é necessário que se tenha um derramamento de sangue.

Muitos até hoje não sabem, mas em 11 de setembro, com o evento das torres gêmeas, ali não foi nada de terrorismo ou algo de Osama Bin Laden, todavia foi a abertura de um grande portal dimensional para a entrada de demônios poderosíssimos, para que isso seja possível é necessário um grande sacrifício. Aproximadamente três mil mortos. Essas entidades malignas querem o seu código genético. Aí você tendo consciência disso ou não, entra em um estúdio de tatuagem, está ali derramando o seu sangue, e através deste sangue um portal maligno está sendo aberto em sua vida para que essas criaturas tenham um certo domínio e influência sobre sua alma. Fora a aliança que você está fazendo com a pessoa que está derramando o seu sangue. Um sacrifício/sangue/DNA/vida, emana poder, e é desse poder também que serve como alimento de demônios. Em muitas das vezes a pessoa apenas escolhe o desenho, e as cores o próprio tatuador que faz. Eles dizem que não pensaram nas cores, apenas tiveram uma inspiração para fazer daquele jeito.

As coisas espirituais são bem mais complexas do que nossa mente natural imagina. Vamos dar um exemplo bem simples de uma ‘’igreja’’ (paredes) que não rompe (não tem evolução, é uma igreja de papel com céus de bronze). Porque ela é assim? Vamos rastrear a base dela, de onde veio o dinheiro para a construção dela? Veio do rapaz que frequenta a igreja chamado Clark Kent, e aonde Clark Kent conseguiu esse dinheiro? Com a prefeitura que liberou a verba. Quem assinou? Em nome de quem? Quem de fato liberou a verba? Qual pessoa? Foi o senhor José. Que José? O José que é maçom... hmmm entendi, matei a charada da raiz/base. Não estou dizendo que Deus não purifique algo que não é um dinheiro abençoado, todavia pela melhor intenção que seja, e por melhor bem que você acha que pode estar fazendo, SE DEUS NÃO TIVER MANDADO VOCÊ FAZER AQUILO, NÃO FAÇA, POIS NÃO DARÁ CERTO! Veja bem, não estou falando de coisas que já estão intrínsecas, as quais já estão dentro do contexto ao qual devemos fazer (falar do amor do Pai ao nosso próximo por exemplo), mas me refiro a coisas Rhemas, como o caso de uma tatuagem. Eu nunca ouvir dizer alguém falando assim, eu fiz essa tatuagem X porque ouvir claramente o Espírito Santo me dizer para faze-la.

Nas escrituras não vemos mandamentos para os justos (Tsadikim) se tatuarem/marcarem os seus corpos, todavia vemos advertência contra a pratica. As pessoas geralmente costumam a ler levítico (Vaykra) até a parte que diz para não marcar o corpo POR CAUSA DOS MORTOS, mas na sequencia esquecem que também o verso diz para apenas não marcar o corpo.

Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne: nem fareis marca alguma sobre vós: Eu sou o SENHOR. ACF

"Não façam cortes em seus corpos por causa dos mortos, nem tatuagem em si mesmos. Eu sou o Senhor. NVI

Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor. ARIB

Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor. VC

Ye shall not make any cuttings in your flesh for the dead, nor print any marks upon you: I am the LORD. KJV Levítico 19:28

O texto no original é o seguinte:

כח ושרט לנפש לא תתנו בבשרכם וכתבת קעקע לא תתנו בכם  אני יהוה


A palavra na segunda parte do verso para marcar o corpo é קעקע  Kaaka, que significa: tatuar; demolir, destruir; gritar

O texto é claro, são dois exemplos de uma mesma finalidade.

1° Não fazer marca na pele por causa dos mortos.
2° NEM fazer marca alguma no corpo.

No judaísmo a única permissão para alteração corporal é a circuncisão, a qual não deve ser feita por razões médicas, todavia espirituais.
Na tradução da Bíblia para o português João Ferreira de Almeida optou pela tradução da palavra hebraica קַעֲקַע  KAAKA como “marcar”. As traduções e os léxicos de Strong também a consideram como “marcar” ou “fazer marcas” no corpo. No entanto, os rabinos judeus consideram que marcar significa o que atualmente ficou conhecido, por causa do capitão James Cook, como tattoo ou tatuagem em português.

Os demônios precisam de uma legalidade (uma autorização legal que somente é aberta através de você) parta atuarem de maneira extremamente influenciadora na mente de alguém. A princípio eles lançam iscas, se a pessoa cai nessas iscas, é caracterizado como a abertura de uma legalidade, independentemente do tamanho dela. Depois de aberto a legalidade, ele tem uma liberdade maior, e é aí que ele tem uma influência direta na mente (as vezes também no corpo dependendo da legalidade) da pessoa, lançando suas ideologias e distorções dos princípios (fundamentos) do reino de Deus. Obvio na maioria dos atos de se tatuar não está sendo feito um ritual satânico, todavia pelo derramar do seu sangue voluntariamente e principalmente pela marcação em sua pele, existe sim um nível de selo espiritual nesse ato. Tudo que é físico está ligado ao mundo espiritual de uma certa forma. Os escritos sagrados da Bíblia mostram claramente que cada atitude que temos causa uma ação no mundo espiritual, que por sua vez esta responde (reação) em função de nossas atitudes.

A maioria das pessoas não sabem o que é ser livre. Em suas mentes a liberdade está associada a fazer o que sentir vontade, porém isso não é liberdade, logo escravidão, pois a mesma é escrava de suas próprias vontades. Você se torna livre a partir do momento em que permitiu a LUZ entrar em ti. A pessoa passa a ser livre pois agora sua mente elevada te da consciência do erro e a mesma escolhe não mais cair em falhas. Agora você não é escravo de seus próprios desejos, o indivíduo se torna senhor das sus próprias vontades, ele exerce domínio sobre elas e consegue identificar o mal que cada uma lhe traz.
Em minha experiência espiritual pessoal, presenciei muitas pessoas que precisaram fechar os portais negativos que foram abertos em suas vidas devido as tatuagens, alguns desenhos em especifico (tanto o desenho quanto o contexto ao qual foram inseridos tiveram peso nisso, porém o contexto foi bem maior) precisou de uma intensidade maior na oração. Também já ouvir os mesmos relatos de pessoas confiáveis.

A gematria da palavra קעקע tem o valor de 340. Mesmo valor tem a palavra ספר  (contar, numerar, ser contado, livro, narrar, escrito, numeração). Uma de suas raízes, as marcações ao corpo eram feitas pelos senhores em seus servos, escravos dentre outros, seja em animais, tais como cavalos, objetos até nos próprios humanos, vide o caso o massacre de Auschwitz comandado por Hitler.  
Volto a frisar. Não estou aqui para julgar ninguém, Deus me livre, longe disso. Entretanto o objetivo é trazer luz a um assunto tratado pela maioria de maneira rasa.
A seguir uma frase de Juliana Tocachellis, candidata ao Miss Tatto Week 2019. (Fonte:G1.com) - Click Aqui


Eu comecei com a tatuagem buscando refúgio, PORQUE eu cresci em um lar cristão, de igreja, outros ensinamentos... Quando eu descobri a tatuagem, eu descobri o que ela pode fazer com a nossa alma, nosso interior, ai eu comecei a fazer e fazer uma atrás da outra.

Mais frases...


Quanto mais eu me tatuo, mais eu me acho bonita, então eu vou me encher de tatuagens. Sara Rebeca Constantino, Candidata ao Miss Tatto Week 2019.


Tatuagem para mim foi um ato de rebeldia. Luciana Martins.  Candidata ao Miss Tatto Week 2019.
Quando é dito que o amor de muitos se esfriará, está se referindo aos que buscam a reta justiça, e não aos ímpios. Você não precisa mudar o mundo, e nem irá conseguir, todavia precisamos SER humanos, pararmos se sermos indiferentes a dor dos que nos rodeiam, em nossas casas, trabalhos, faculdade etc. O amor pode mudar qualquer coisa. Sim não é demagogia nem exagero, o amor é a única chave que pode mudar qualquer coisa. O mundo está cheio de pessoas precisando preencher suas almas, e quando não vem dos homens, essas pessoas buscam em outros locais, buscam algum escape, algum refúgio. Pare de ser um monstro julgador, retire as escamas do pré conceito, e faça alguma coisa, comece exercendo maior dom que o ser humano tem capacidade de doar, amor, carinho, atitude, estenda a mão, abrace, gaste horas conversando, não seja responsável por destravar mais um futuro distúrbio em alguém, por destravar ou plantar um futuro suicídio, depressão, revolta, corrupção, assassino, alienação, pedófilo, psicopata etc. Seja luz. A luz já está dentro de você, apenas coloque para fora.  
Aviso: É estritamente plágio a réplica de quaisquer partes do texto sem os devidos créditos ao autor.

Francesco Jansen
Instagram: francesco.jansen

Série: Teu Alimento, Teu Remédio – Parte 2

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